Bula de Proclamação



 BULA DE PROCLAMAÇÃO
DO JUBILEU EXTRAÓRDINADO DA FÉ
POR OCASIÃO DO 1° ANO DE FUNDAÇÃO
DA SANTA IGREJA DO HABBLET HOTEL

IOANNES PAULUS Pp. II
ROMANUS EPISCOPUS
SERVUS SERVORUM DEI

A quantos lerem esta BULA,
paz da parte de Nosso Senhor Jesus Cristo
e fé na missão católica de pastorear o Povo de Deus.

1. "Senhor, eu creio, mas aumentai a minha fé" (Mc 9, 14-29) é o convite sublime em aceitarmos que, mesmo diante de nossa fé, nossa fragilidade humana tem lugar. Recordo-me da mãe de Samuel, que não conseguia rezar com palavras perante Deus, apenas movia os lábios, sem proferir palavra alguma. E então o sacerdote que estava no templo, a observava e a subjulgava. A pureza desta mãe nos embala no dom mais sublime que o Altíssimo Senhor pode nos proporcionar; o dom da fé, infundida em nós por meio das promessas pascais. O Senhor é bom e sabe de tudo que precisamos, mas na oração com fé, podemos dizê-lo com a força que vem do próprio Deus, sob impulso do Santo Espírito.

2. Em diversos momentos, seguimos São Tomé quando, por fragilidade humana, condiciona sua fé à prática. Não que devemos fazê-lo, mas a fé sem obras é obsoleta, torna-se morta, sem fruto. O próprio Senhor nos impele, quotidianamente, a elaborarmos maneiras de concretizar o dom da Fé, tornando-o realidade em meio aos povos.

3. Para Agostinho de Hipona a vivência da fé é assustadora. O Evangelho, verbo em movimento que solidifica nossa fé, susto salutar, impele aquele jovem a tornar-se tudo para seu Deus e tomar Deus como seu tudo. De fato, naquela situação difícil que ameaçava a África romana, a esperança que o Santo de Hipona era que a edificação da vivência evangélica não viria se não por meio da fé, solidificada em atos de serviço, caridade e compaixão.

4. Para Francisco de Assis a vivência da fé é edificadora. O Evangelho, verbo construtivo que ergue a nossa fé, pedra angular, evoca naquele jovem a missão árdua de reedificação de uma igreja em tempos sombrios. Tempos que, sobretudo, o convidavam a reflexão da fraternidade. Fraternidade é dom de fé. Vê-se que só algo de infinito lhe pode dar tamanha fé, o infinito amor de Deus para a humanidade.

5. Na sucessão dos tempos, grandes foram os homens que experimentaram os frutos de uma fé fecunda. No Habblet Hotel não é diferente. Neste primeiro ano, grandes personagens de fé assumiram, com garra, o fruto vivificador da realidade habbletiana de difundir a Palavra de Deus, por diversos meios, dentre os quais, quero evidenciar o testemunho.

6. Toda ação séria e reta dos homens é expressão sublime de fé. E, de igual modo, aqueles que comungam da fé católica se apresentam como sérios e retos. Não seria diferente com meus antecessores. No limiar da fundação, o venerável Pio I experimentou a fé por meio de sua convicção em um futuro próspero e digno para toda nossa comunidade, após ele o venerável Bonifácio I infundiu em nossa realidade o dom sublime da entrega por meio da dignidade petrina, seguindo seus ensinamentos, o venerável Pio II concretizou o sonho esperançoso de uma entrega particular, a entrega do amor, tal como o venerável Clemente I que, em tudo, deu graças por sua missão. Uma missão de entrega pelo seu povo, o que tão bem nos exemplificou o venerável João Paulo I, mas que não se tornaria eficaz sem a inteligência e a intelectualidade do venerável Bento I e o ardor transformador do venerável João I. Todos eles experimentaram e nos fizeram experimentar os frutos da fé em nossa realidade.

7. O testemunho dos crentes se dá em obras. Portanto;

O Ano Santo da Fé abrir-se-á no dia 22 de Maio de 2024, nas segundas vésperas do aniversário da fundação da Santa Igreja Católica do Habblet. Esta celebração litúrgica nos impulsiona, ainda mais, a entendermos que a fé se concretiza em atitude na nossa história. A fé sempre será acompanhada das obras para não se tornar obsoleta. Na mesma celebração, abrir-se-á a Porta Santa na Basílica de São Pedro, e em seguida será aberta, no momento oportuno, na Catedral de São Paulo, no Brasil. Desta forma, as duas igrejas particulares estarão diretamente envolvidas e embaladas na vivência deste Ano Santo em ocasião da comemoração do nosso primeiro ano de fundação.

8. O Jubileu inclui também o referimento à indulgência. Esta, no Ano Santo da Fé, adquire uma relevância primordial. O encontro de Deus com suas criaturas se dá, ao mesmo tempo, em que as criaturas creem no Criador. 

9. Será, portanto, um Ano Santo para que toda a Igreja vivencie, dia após dia, sua fé no Cristo. Uma vida autêntica e credível nos torna participantes, pela fé, do banquete nupcial do Santo Cordeiro que, por misericórdia, encontra-se e imola-se em favor de toda espécie humana. Neste Ano Jubilar, que o dom da fé nunca se esgote em nossos corações.

Dado em Roma, junto de São Pedro, no dia 23 de Abril do Ano Santo da Fé de 2024, o primeiro de pontificado.